terça-feira, 31 de julho de 2012

REPETIÇÃO MONÓTONA













            Por Noelia Alves

Chegou à noite
Banhei
Li
Escrevi
Comi
Orei, deitei e dormi

Chegou o dia
Acordei
Banhei
Li
Merendei
vesti
Ao trabalho retornei

Diante de Deus com fé, orei,
Pedi amor para amar
E minha rotina mudar.

Por que não te calas?


Diante da injustiça ?
Devemos calar ?
Por que não gritar ?
Governo fajuto , por que não te calas ?
Por que as pobres classes dominar ?
Por que não aprendes que quem te faz é o povo ?
Por que te sujas tanto por tão pouco ?
Cansamos .
Mas não de lutar .
Cansamos de , diante de tuas sujeiras , a cabeça baixar .
Não será tua mentira que irá nos calar .

                           Gritaremos até o último fio de voz , por justiça , por direito .

Kaleydoscope Eyes


Viajei em teus olhos .
Caleidoscópios da tua alma dividida . 
Janelas abertas , loucas entranhas de teu ser . 
Me deixei levar . Tua loucura me contagia .
Por que? ...
Não queria me enclausurar agora ,
Justo nessa hora 
Queria poder te olhar ...
Vamos viajar , nos afundar , chafurdar em nossos desejos .
E quando te vejo 
Eu fito o teu olhar perdido ,
Caleidoscópio , multicolorido ,
Em um céu que não me pertence mais .
Então aos poucos você se vai ...
                            
                                   E mais uma vez encaro a minha realidade .

Nonsense


Minha vida anda tão sem coincidências ...
ao tempo do querer, afasta-se
quanto mais de mim dista, relembro
o tempo janeiro, só chega em novembro

Sobre flores ou poesias, feita primazia
o súbito clamor de reinvenção
quanto muito de mim sorve, nonsense
aquilo que me move, não me pertence

André Café

Apenas um anjo caído
            A fita, observar
                      Aquele abismo
                                  Que separa
                                             A realidade
                                                            Das sombras...


Foi a solidão sua maior dor,
                     suor e sangue,
                     angústia e amor...

segunda-feira, 30 de julho de 2012



"Do sol inalcançável que tão distante está, ao sol que posso te ofertar afirmo, que o sol estrela está contido no sol de flor, visto que o primeiro proporciona a fotossíntese que o outro trata de realizar, de modo que nos sóis que balançam nos campos há sempre um sol maior cujos olhos apreciam de longe, mas as mãos dessa forma também podem alcançar."

Jacy Coelho, Para Beatriz Gameiro, apreciadora das flores!


Vestindo lembranças



Vestido saliente!
Fica quieto bem aí!
Não há tempo pra isso.
Não há desejo.
Só há a lembrança dele no meu pescoço.
Só me fica a lembrança dele.
Lembranças boas!
Mas lembrança triste.
Por ter tido um fim...
Assim, em vez de despir-me de tristezas,
visto-me de SEs e de sofrimento.
Por ver mais além o que poderia ter sido.
Bastava você renunciar, meu bem.
E esperar.
Mas você não consegue, né?
Quer tudo pra anteontem.
E quer tudo!
Ficando, no fim, com nada.
Será que não se deu conta disso ainda?
Espero que um dia perceba.
Espero que seja feliz também!
Antes que seja tarde.

Na estrada



Voltando pra casa
Vi da janela
Em meio ao cinza e o verde
Naquela terra amarela
Uma única florzinha
Vermelha, sozinha
Minha apatia tornou-se espanto
Depois, encanto
De ver a florzinha vermelha
Ali, parada, artista
Parei e perguntei:
Oxi, Flor, você também é comunista?

Ernesto Allende

Identidades



Áureo João de Sousa. Teresina-PI, 12 de Julho de 2012.


Estava sentado
na pedreira da existência,
assuntando as águas da fonte,
que umedecem os corpos
e movem os fluxos da vida.

Ao canto de uma pedra,
ergueu-se uma Sereia,
uma voz ecoou,
vindo, não sei ao certo;
perguntou-me:
Quem é você?

Ante as pedras,
sob as forças das águas,
do sopro dos ventos
e da argila vermelha,
eis que eu também interrogo:
Quem sou?

Em anomia,
como um menino assustado,
sob o encanto de sua divina voz,
ó, grande oráculo,
sabes o que tenho a dizer,
só para impressionar,
o que sua sabedoria dispensa de ouvir.

Sou filho da regência do trovão,
na justa medida e conduta;
Feito ao fogo do raio
que rege o devir e o por vir,
profundo e raso, em altura e largura.

Sou filho de Oxum,
banhado nas águas
férteis e fecundas,
guardado nas essências dos lírios;

Sou o canto do sabiá,
encantado,
que encanta as matas
em cada canto que canta.

Melhor dizendo,
Sou o canto do filhote de sabiá,
desafinado e descompassado.
Desafiando as notas e seu tempo,
não sabe, ao certo,
se canta um canto, um piado ou chiado;
aprendendo.

Sou homo-sapiens sapiens,
Mago, Fauno, Sapo,
que come as abelhas que fazem o mel,
que lhe adoça a vida;
contradição da sapiência.

A mesma voz, em outro eco, imponente;
outra pergunta,
profunda e persistente:
A final, quem-é-você?
Ante essa identidade e alteridade,
Interrogo-lhe e me pergunte:
a final, quem sou?
.

...

Referência:

SOUSA, Áureo João de. Identidades. Disponível em <http://aureojoao.blogspot.com.br/2012/07/identidades-poema-poesia-e-filosofia.html>. Acesso em: 28 Julho.2012.






O que se encarrega para que o Caos ocorra?
O medo?
As disputas?
As crenças?
Amores?
Valores?
Não;
O Álcool é o caos liquido!

Bernardo Moraes

Teu olhar



Teu olhar é sublime, surreal e arrebatador.
Algo que purifica a alma.
Fico a divagar neste teu olhar.
Como é bom observar este lindo olhar.
Este teu olhar tem o dom de hipnotizar o mundo.

Autor: Dhiogo José Caetano


O perfume das flores



Recebe o recém-nascido,
transmite um alegre colorido.

Aromatiza a adolescência,
declara-se ao primeiro amor com eloquência.

Exalta as paixões,
causa grandes emoções.

Celebra o casamento,
cultiva o amor a todo momento.

Relega as mágoas ao esquecimento,
devolve o antigo encantamento.

Consola no falecimento,
acompanha o passamento.

Enfeita a última morada,
deixa uma eterna lembrança perfumada.

Autora: Josete Maria Vichineski

Fragmentos das coisas eternas



Tecer versos é transcrever momentos.
Eternizar mundos.
Acreditar no possível e no impossível.
Revisar e singrar a arte que inspirou inúmeros artistas.
Descrever poetas, músicos e intelectuais.
Lapidar a profundidade da alma.
E nos corredores da existência extrair de seus acontecimentos pulcros a arte da evolução.
Sintetizando os fragmentos das coisas eternas.

Autor: Dhiogo José Caetano


Encare seus medos e terá recompensas. Você poderá descobrir um relacionamento verdadeiro.Ou o que você é capaz de suportar.O problema é quanto mais você ganha...Mais você tende a perder.Se prepare pra descobrir do que você é feito por que para sobreviver neste mundo você precisa ser destemido

Allana Káss

O MEDO DA MORTE NA IDADE MÉDIA: UMA VISÃO COLETIVA DO OCIDENTE



Dhiogo Caetano no livro: O MEDO DA MORTE NA IDADE MÉDIA: UMA VISÃO COLETIVA DO OCIDENTE propõe uma discussão sobre o imaginário relacionado ao medo da morte na Idade Média. O autor ressalta que o homem pode conseguir refrear todos os sentidos e paixões do mundo material, no entanto não poderá fugir da experiência de morrer seja ele um homem religioso ou pagão. É o medo dessa experiência um dos focos principais do livro.
O livro traz uma investigação e análise de uma discussão bibliográfica sobre o tema morte em um recorte temporal de vários séculos.
A obra se divide em dois capítulos visando uma maior compreensão do tema proposto. No primeiro capítulo, Caetano trabalha a teoria e historiografia visando descrever como o medo de morrer se comportava dentro da historiografia. Podendo ser visto que a formação do medo coletivo traz várias consequências para o Ocidente e possibilita uma análise mais profunda com relação aos conceitos de cultura, civilização, memória coletiva e religiosidade de forma homogênea.
A morte como fenômeno físico, já foi evidentemente estudada, sendo um objeto de pesquisa de muitos pesquisadores, porém ainda permanece como um mistério. “Quando aventuramos no terreno do psiquismo, a morte nos auxilia na investigação da mentalidade humana, colocando em destaque o medo do homem de que um dia a vida chegará ao fim”. (DELUMEAU,1989,pp.90-8)
Dentro da Nova História ampliaram-se os objetos de estudo, se fazendo possível analisar até mesmo termos subjetivos como o medo o qual envolve a História das Idéias, História das Mentalidades e História das Religiões.
Caetano nos deixa claro que trabalhar essa questão (a da memória) é fundamental para a compreensão e análise do medo em um período que nos retrocede cronologicamente. A construção de uma memória coletiva do Ocidente Medieval é essencial para responder os inúmeros questionamentos levantados pelo próprio processo investigativo. Portanto essa é pretensão desse capítulo.
Já o segundo capítulo Caetano trabalhado o medo de morrer e a concepção de religião e mentalidade na Idade Média. Foi analisada a visão coletiva do homem medieval diante do medo de morrer e o domínio abstrato dos símbolos, o qual revelava um mundo que se estende além do aqui e do agora, aflorando a concepção de uma decisiva consciência que vislumbra que o medo da morte não é somente considerado um aspecto que fascina, mas ao mesmo tempo, aterroriza a humanidade, historicamente sucede de fontes de inspiração para doutrinas filosóficas e religiosas bem como uma inesgotável fonte de temores, angústia e ansiedade para os seres humanos.
Juntamente com a configuração da sociedade, não podemos deixar de lado o processo de configuração de uma mentalidade coletivamente religiosa, dotada de objetivos e métodos próprios. Estruturando como disciplina a etnologia conseguindo ganhar reforços poderosos de discussão positivista e evolucionista para a análise do sistema religioso.
O estudo dos comportamentos sociais na Idade Média mostra que as crenças e práticas beneficiaram a constituição de um novo campo do conhecimento, tornando-se uma disciplina autônoma, na medida em que categoria social e sociedade tornavam papel privilegiado do estudo, entre eles à religião que passava a merecer maior atenção, com um estudo mais objetivo e sistemático. O termo religião se estruturou num contexto de lentas e definitivas laicizações, conhecendo vários significados, de diversos autores, que promoveram o método comparativo entre sagrado e profano, sociologia e antropologia, abrindo caminhos importantes para uma proposta, mas adequados à abordagem historiográfica; conjugando o desenvolvimento e a vivência de crenças religiosas, um estudo rico e complexo, passando pela produção no campo da mentalidade, demonstrando ser um campo fértil para a contínua reflexão metodológica e historiográfica.
No entanto, o homem na Idade Média se encontrava submisso aos dogmas e práticas religiosas, que tornavam severos os sistemas em geral; ideia transferida graças à memória. Tais fatores deixavam o homem medieval conformado com a miséria vivida, com a peste que assolava, pois somente com a dor, a renúncia e a purificação da morte que o homem garantia a salvação e o paraíso. Tornando possível abordar a relação do homem com a morte em vários aspectos: o biológico, o jurídico, o econômico, o social etc. Na obra, o homem diante da morte, de Philippe Áries (1990) podemos perceber o processo de domesticação da morte; ou seja, uma forma de viver com tal fenômeno como algo natural; nascido por ocasiões do trauma primitivo diante do fato inelutável da morte até a incorporação desta na vida humana.
Caetano nos apresenta uma investigação sobre o medo de morrer não deixando de destacar o controle sobre o corpo na Idade Média. O homem para ter uma boa morte segundo Caetano deveria controlar e disciplinar os desejos do corpo.
Assim, ao analisar o medo da morte na Idade Média, deparamo-nos com regras e comportamentos que favoreciam para uma boa morte, ou seja, uma preparação para o pós-morte que requeria práticas diárias para eliminar os desejos da carne.
Em suma podemos concluir que Caetano descrever o medo de morrer, afirmando que o tema é difuso e que envolve o mistério, o fascínio do além como algo desconhecido e temido ao longo dos séculos. Na Idade Média tal medo se expandiu com um grande temor que espreitava os indivíduos, o medo foi a ameaça; transbordando do imaginário do homem medieval, e penetrando na vida real e cotidiana, e isso ficou denotado e demonstrado na arte, na escrita, nas práticas e nos ritos de uma coletividade cristã ocidental, que se designava sitiada, desmobilizada diante do medo de morrer.
A morte foi e sempre será o principal medo que assola a humanidade.

Adquira: http://literacidade.com.br/livraria/

Autor: Dhiogo José Caetano

Não Quero Nada Mais, Além do Seu Amor...



Amor, delirante amor.
Saudades dos nossos sabores...
Quanta falta faz o meu amor.
Não sei viver sem aquele amor.
O nosso amor é além de tudo!
Nos, alimentávamos do nosso amor.
Nada é igual ao nosso amor...
Existem muitos amores, mas quero somente o seu amor.
Você é o ar que circunda a minha atmosfera...
Simplesmente e complexamente sou todo seu meu amor.
Além de ti nada sou meu amor!
Vivo do seu amor...

Autor: Dhiogo José Caetano
Uruana, Go

Promessas



Você quer algo de mim
e eu quero lhe dá algo
prometer muito mais do que posso
porque a vontade de realizar é bem maior que posso segurar.

Peço, antes de tudo
não preste atenção no que falo
no que estamos fazendo
nem no que podemos fazer.

Preste atenção em nada
limpe sua mente.

Promessas como o fogo e água
como ambos irão se entrelaçar
se estão em sua natureza se separar?

Vamos tornar tudo mais belo?
Criar lendas, histórias e magias?
Ou, quem sabe
tornar tudo mais feio
com simples justificativas do mundo?

Quero prometer infinitas coisas
realizar muito mais
e não me arrependo, das promessas quebradas
apenas, fico triste, com os sentimentos mudados.

Não aceite uma promessa
se for fraco como um cristal.

Não faça uma promessa
se for uma chantagem para si mesmo.

Me prometa o que não pode
pois o que você pode, posso facilmente criar
me desafie e vamos brincar de construir
quem sabe assim, descobrimos a verdadeira promessa de ambos?

Não me prometa por ser fraco
faça uma promessa por acreditar na sua força
e deixe o silencio falar por nós.

Quero lhe dá algo
não aquelas promessas faladas
e sim, quelas prometidas no meu coração
que você não escutou
mas que agora está sentindo
enquanto estamos entrelaçando muito mais
que a água e o fogo.

O



Sentei no sofá
Senti o calor
Ouvi uma voz

Se eu demorasse mais um tantinho,
sentiria uma voz
ouviria um calor
e sentaria no mesmo sofá da solidão...

Julio F. Sousa

NÃO SOU DE LUA, SOU HUMANA.



Por Noelia Alves

Tem dias que sou meiga,
Tem dias que sou azeda.

Tem dias que falo com todos,
Tem dias que não me suporto.

Tem dias que amo a todos,
Tem dias que não sei o que é amor.

Tem dias que me sinto amada,
Tem dias que dúvido até do amor de Deus.

Tem dias que me sinto capacitada,
Tem dias que me sinto incompetente.

Tem dias que meu sorriso é extravagante,
Tem dias que meu rosto espanta.

Tem dias que aprendo,
Tem dias que atrofio.

Tem dias que sou apaixonada pelo meu trabalho,
Tem dias que desejo ficar em casa.

Sou humana e não simplesmente mulher.

Ser poeta



Eu queria ser poeta que fala de coisas banais:
Carros, telefone, internet e coisas mais.
Mas só consigo falar da minha dor.

Igor Roosevelt

Oração de guarda forte



Mandinga forte não pega em mim, meu pai protege, ele quis assim.
Meu santo é forte, entende de vida e de morte e traz a sorte que os anjos sopram dizendo amén.
O caminho do bem não tem atalho, se falho a fé levanta.
Praga rogar, inimigo, - não adianta! - que o som do pensamento firme não existe mal que entorte
É seguindo a melodia do amor que cada dia eu fico mais forte!

Flora Fernandes


às vezes pensamos estar só
Só no que se acredita,
só no que se vê,
Só no que se sensibiliza,
e o único amparo é escrever,
Deixar registrado, o fato de se sentir,
de se perceber
o quanto dói ser humano
Em meio ao desumano modo de ser

Adália Amorim


Só por hoje
Queria sumir
Virar pó
Desgrudar só por um dia
Dessas inquietantes lembranças
Que me rasgam as entranhas e
Inundam de salgadas lágrimas
Meus olhos
Só por hoje
Queria me afastar
Dessa sensação desconcertante de perda irreparável
Dessa angustiante saudade de nada,
Desse desespero enlouquecedor
Que rouba sorrateiramente minha paz
Só por hoje...

(Hosana Marques)
27/07/2012.

7º Sarau da Sociedade dos Poetas por vir



Um convite para um chá ou mesmo um gole rum, para toda humanidade; o antes do Inferno Socrático II


Talvez 2238, insignificante martelar diário que ronda meus pensares
já faz muito tempo; a terra que muda seus caminhos, o cheiro do óleo fervente provocando lume
névoas, venenos, castigos e prudências; maledicências e carnificinas ao redor e a todo instante
é desta parte que agora sou, mas sem ser, sendo.

Outrora um curioso jogo de cartas, para o deleite de Satan, brincando e apostando com vidas, mas de uma sensação estranha, pelo labor constituído nos diálogos, quando eles existem. Uma vida sedenta, de tudo, inclusive de luz Solar. Onde e em que perspectivas os deuses permitiram a criação de tal lugar? Foi o meu ver, assim que toquei o chão destas terras. Agora, sem uma hora e espaço definidos, já sei que não sei se isso é prazer ou função natural de evolução; avalio ainda algumas necessidades.

Mas o que me espanta são as rotineiras chegadas dos retumbantes hominídeos, milhares, milhões. Se o tempo e o espaço de dissolvem, muitas eras em Terra aconteceram. E mais e mais almas findam seu espetáculo de gozo por aqui. O que será inferno, o que será planeta, o que será ternura, o que será verdade. Não mais que um desafio, mas progressiva consciência de compreender este espaço, de dialogar com sua ilogia. Ao passo que os traços humanos se apagam, apago o fogo para mais um chá de gengibre e coca, conseguidos por um preço relevante no mercado inferior. Torpor é o que sinto? Não sei, não sei se saberei. Quisera eu apenas uma notícia da Terra, com os olhos e coração de alguém em vida. Os conhecimentos foram ao olvide? O que acontece naquele planeta?

Queria grosseiramente mostrar o que acontece aos homens cá neste miasma. Queria os olhos das pessoas ardendo para algum tipo de reflexão. Ou não queria, pelo entendimento prático de ação e reação. Labor que fomento e devoro. Queria relatos e fatos da condição humana de qualquer tempo, a tempo de construir considerações.

Um convite para um chá ou mesmo um gole rum, para toda humanidade,

Sócrates jogando poker em Cocytus com Satan

Haikai da sabedoria

soberba-e-humildade_sleep_salvador_dali

Do que se espera
eu sei somente que não sei
saber ser fera

André Café



Expositor de almas


Aflora o instante do meu turvo dissonante acaso
em que me degusto de desfibrilações
salvo engano o inconsciente
que fervido ao vinho e mente
retaliadas emoções

Ao tempo em que quero o esmero
abrasa-me o abraço do moinho
é voz rouca que se auto-censura
é o olhar que inspira ternura
se dissolvendo em desalinho

Tanto pra gritar pelas iniquidades
muito do pesar de esquecimento
as amarras que se encerram
saturadas que emperram
o expresso movimento

Ostenderit in clamor animarum carcerem pugna


André Café e Sócrates jogando póker em Cocytus com Satan

Tirando o tempo da garrafa.


Eu tinha acabado de acordar
É sempre meio retrocesso abrir o olho e no bocejo despertar
Eu tinha acabado de sonhar o mundo tinha acabado
Com uma xícara preta na calçada eu fiquei a confabular
e nas vistas do senhor da frente vi tantas rugas que não dava nem pra contar
No sonho o nosso tempo acabava e a gente levitava
até depois do da quinta dos...digo! quinto andar
Perguntei a moço de rugas por que eu pensava tanto e ele só com a vista longe a se tranquilizar
roucamente disse : - não se afobe não que nada é pra já!
Tive a certeza que tava num sonho ou era o Chico que do corpo do velho vinha a se apossar
Depois de alguns soluços fiz a mesma pergunta outra vez pr'este mesmo moço
E ele  respondeu : O que você bebeu minha filha ?vá logo se deitar!
Eram muitas linhas numa mesma face pra eu poder me acostumar
Mas se o fim viesse cedo eu não teria de me preocupar
O meu mundo acabara de ganhar novo rumo
E entre o comtenporâneo e o profundo
Neste destino profano, insano e vagabundo eu decidi que não iria mais pensar

Penar, talvez. Virar tudo de vez pra não correr o risco da ressaca do tempo infinito
enrrugado e tranquilo que desaparece a cada suspiro me pegar!

domingo, 29 de julho de 2012

Rumo


Rumo




Suspirei e encontrei
Um canto no meu coração
Escondido desde então
Com amarras de outro alguém
 
Superei, renasci!
Com encontros e desencontros aprendi
Entrei naquela casa encantada e amanheci
Esse invólucro em que me prendia rasguei
 
Fina flor com espinho ainda me sinto
Aos poucos me torno alguém dócil
Ostra danificada pelas circunstancias
Prefiro me calar, pois sentimento este
Que senti outrora me fez perder o plumo
 
Fase, vida nova?!
Acredito que me encontro com atitudes
Que diferem do passado incerto
Mas, o que se comenta sobre o futuro
A Incerteza de sempre, mas prefiro colocar
Esta expressão para aquele pretérito pérfido.
 

ENTRE LIVROS




IMERSO EM CULTURA
CULMINANTE ALTURA
QUANTOS SERES VIVOS
LENDO ENTRE LIVROS
A POETIZAR SOMENTE
A PROSAR MORMENTE
PRÁ TODA ESSA GENTE
QUE SÓ DESEJA VIVER!


POR ALDERON MARQUES
DIA 27/07/2012

Quarto de fingir.




Dos tantos quartos que passaste, imaginaste, confabulaste.
Dos tantos cheiros que purificaram os quatro cantos da tua vontade 
Tu, apenas tu, sem mais ninguem, e por querer sem mim...
Mal imaginava que o meu remédio pra não viver teus sonhos
Era engolir fio a fio o sono de absinto que tua boca me tragava na madrugada sem fim.

sábado, 28 de julho de 2012

Para o início de mais um dia


Luz que brinca com meus cabelos
Ilumina os espelhos
Reflete no quarto 
Acordando-me de sobressalto
Assustada, é mais um dia
Mais uma vez, mais poesia
Será então que será igual?
O sol iluminando, queimando o frescor matinal
Girando e acordando meus seres internos
Meus eu's líricos, poéticos, estéticos
Histéricos...
E tecendo vou, poemando tudo em mais um dia de vida.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Da menina para o menino (ou vice-versa?)



Esse menino 
Que dá ideia
Que faz a festa
Na mente desta menina doida
Que tudo rima
Que fica afoita
Nas melodias 
Pequenas poesias
Pelo menino inspiradas
Indiretamente causadas
Endireitadas?
Jamais! Jogadas!
Esse menino misantropo que rouba os sorrisos da menina aberta.

Comfortably Numb?

O.K.
Just a little pin prick
There'll be no more...aaaaaaaah!
But you might feel a little sick
Can you stand up?


Um monte de dores lancinantes                              
E mais uns punhados de contorções
Eis a menina errante
Que não parava de se remoer
E de mastigar emoções
Estas mesmas as machucaram
Física, psicológica, qualquer-coisa-mente
Os resultados não desmentem
A dor era, de fato, real história.
E então ela foi, 
E a deitaram, pedindo calma
Abriram a boca
Fecharam-se os olhos
E uma ponta entorpecente a penetrou
A desacordou
A enterneceu para sempre
Até a hora de acordar e ir pra casa
Confortavelmente entorpecida




Turvas cores, cores do nada



Imagine imagens turvas 
Ofuscando a mente e calando palavras
Calando com nada
Apenas imaginando 
Na curva
Daquela imagem turva
Toda a cena vivida (ou criada)
Imagens embaçadas
De foco alterado
De vidro em fumaça
De cor serelepe
Brincando com a retina
Dando imaginação à vida
Servindo de estepe
Ao nada
Que é viver de realidades prontas.

Infinitamente infiel



Infinitos escritos
E por tantas vezes ditos
Prometidos
Enlaçados
Infinitos que fizeram
Eu perder a cabeça
A noção do real
Do que seria tangível
Atingível
Ao alcance de minha vida
Ao alcance da minha finitude humana
Infinito traiçoeiro
Arteiro
Que traiu os sonhos de uma pobre qualquer.

quinta-feira, 26 de julho de 2012



o mundo lá fora corre tão depressa.
e o meu é tão meu, lento.
não sou chave nesses tempos.
não sinto encaixe.
não sei derrotar golias dia-a-dia
porque ainda estou pensando como atacar.
mas o mundo é tão depressa.

só sei amar.
e no amor, esperar
que o mundo ao meu redor gire um pouco mais devagar.
ele não vai.
são passos tantos os que estão próximos...
e a respiração é pouca
não consigo alcançá-los.
é quando exijo respeito do meu espelho.
mas é só meu quarto.
dos meus pensamentos e agonias.
o mundo continua rápido.

achei que na lentidão da partilha
os passos se acertassem.
não vão.
não sou chave nesses tempos.
não sinto encaixe.
vou sonhar, devagar.

Juliana de Andrade


Passarinho, diz teu nome, tu que vens aqui bater asas.
Passarinho, diz teu nome, tu que vens aqui encantar meu lugar e, trinando, deixa meu coração em brasa. Meu nome é cheiro de rosa, é pluma luar, ardor do céu, meu nome é amar!

Flora Fernandes


Cá,estou eu...alienada ao cansaço,
Esperando uma mão,um braço, uma perna,
ou até um desenho abstrato.

Meus amigos...quem são ?
Quem é o 'Próximo',santo cristo ?!
Vejo brigas na minha porta,
Ouço gritos da rua...
Será a Lua a denunciar as intrigas da noite ?
Pais separando,
Crianças chorando...!
Melhor parar de pensar !

Mas quando volto através do relento,
e livre pensamento,
vejo meu próprio espirito amargurado,questionando
"Quem é o 'Próximo' pra ser tão amado".

(Carolina Aizawa Moreira)

Máscaras



Não sei viver de máscaras
Mentiras e disfarces,
Sou eu mesmo
Adoro ser eu,
Agora estou sendo eu.

Noelia Alves

BALADA PÓS-ROMÂNTICA



Ela chegou de repente
Onde há tempos estava
Expulsando a sujeira
E o vazio da casa

Só vivia escondida
Nesses cantos da vida
E sofrendo calada
E chorando sozinha

A menina era bela
E estes olhos sabiam
Mas não olhavam pra ela
Como deveriam

E ela andava na noite
E cantava e sorria
Sua rara alegria
Qual se fosse madura

Como tudo era breve
Mais que a brisa mais leve
Seu amor tão escasso
Era breve também.

Não sei como eu sabia
Que da força do dia
Vinha um raio mais claro
Me fazendo ir além

Da distância tão grande,
Das florestas, dos montes
E de mil horizontes
Que zombavam de mim.

Ela era tão linda
E estes olhos sabiam
Que era assaz perigoso
Encara-la nos olhos.

Como a chuva que chega
Numa tarde de sol,
Como um barco que avista
De repente um farol,

Assim foi que ela veio
Onde há tempos estava,
Libertando minha alma
De tristezas escrava.

Mas uma coisa ficou
Nos seus olhos sombrios:
Seu coração é um porto alegre
Onde só cabem dois navios.

Mas ela era tão linda
E meu coração sabia
Quem sem ela por perto
Eu não mais viveria.

Mesmo estando tão triste
Como um rio sem leito
A lembrança no peito
Concedeu-me o perdão.

Ela foi se aninhando
Onde nada restava,
Anulando a tristeza
E o vazio da alma.

Ela é um receio
Que me torna mais forte.
Ela é minha vida
E também minha morte.

Ela é minhas asas
Quando pairo no ar...
Ela é, ela foi,
Ela sempre será.

Mas uma coisa ficou
Em mim sem ela saber:
Seu abraço é a terra
Onde eu hei de morrer...

Igor Rossevelt


Hoje acordei com saudades...
Eram tantas que não couberam apenas no peito,
Logo transbordaram e rolaram sutilmente por minha face...

Saudade da infância destemida,
Com a família na fazenda, onde passávamos o dia
A correr, a brincar, a cansar entre primos e primas, amigos e amigas
E, pessoalmente, não deixava escapar as correrias atrás das criações,
coisas de pirraça, coisas de artistas...

Saudade de quando íamos ao Rio Pindaré,
Invenções de meu pai,
Convidava uns amigos pescadores de fato,
E ficava só na espera, aguardando um pirãozinho e um bom caldo...
Panelas e isopor na cabeça,
Crianças mais medrosas pelos ombros, encarando a correnteza...
E eu...? no máximo segurava a mão de um tio e ia flutuando pelo rio...
Saudade desse pequeno gesto de liberdade...

Saudade de como momentos como estes,
Geralmente um dia, faziam minha vida uma completa alegria,
Saudade de como nestes momentos às vezes,
Olhava para o céu ou para o rio, ou mesmo a natureza ao nosso redor,
E imaginava: 'como será meu amanhã? Onde vou trabalhar? O que vou estudar?
O que vou ser quando crescer?'
E o que me levava a pensar sobre isso tudo,
era um simples fato de saber que, provavelmente,
aqueles ricos momentos estariam por um bom tempo, apenas em meu coração, apenas em minha mente...

Hoje sei que
Saudade(s) não mata(m)
Mas, que, deveras, deixa(m) profunda(s) marca(s)

Adália Tov




Foste a melhor amiga que eu não tive
Aquela com quem não andei de bicicleta
Não tomei sorvete nem dei corda
No relógio do tempo pela madrugada
Aquela para quem nunca mostrei
A grande dor que trago no sorriso

Foste a melhor amiga que eu não tive
Aquela para quem não emprestei
Meus olhos quando queias chorar
Ou meu peito para que sofresse
Quando de mágoas o teu não suportava.
Não te liguei para contar um sonho
Ou uma piada que acabara de inventar

Foste a melhor amiga que eu não tive
Aquela para quem nunca mostrei
No céu noturno a minha estrela favorita
E para quem os pássaros não são nada além disso
Nunca demos tiro de fuzil
No coração da tempo, nem o fizemos sair
Mais tarde de casa pro trabalho.

Foste a melhor amiga que eu não tive
Aquela para quem nunca dediquei
Um verso de Neruda ou uma canção dos Beatles
Aquela com quem jamais gastei o meu latim,
Para quem nunca fiz um chá de alho
Ou deixei que o sono arrancasse dos meus braços.
Aquela com quem nunca bebi tanto
A ponto de beijar estrelas
Ou fazer o mundo girar ao contrário

Foste a melhor amiga que eu não tive
E eu nunca te pedi dinheiro emprestado
Nem procuramos segredos em garrafas vazias
Eu nunca te expliquei Bertrand Russell
Mas para ti já escrevi milhões de versos
Em ti as paralelas se tocaram
O verbo fez-se carne o homem fez-se infante
Tu não sabes quando é meu aniversário
Não sabes que minha vida começou em ti.

Foste a melhor amiga que eu não tive
E nem sequer sabes meu nome ou sei o teu
Mas por causa tua meu dia é cheio de saudade
E eu vou te amar até o dia em que chegares.





Seria cruel
Seria criminoso
Castrar teu sorriso
Proibir teu gozo
Vá!
Mas volte no fim da noite
Para aquecer minhas manhãs frias

Vicente



NÃO APENAS VISTA,NÃO APENAS SENTIDA, A ARTE TEM O PODER DE ENCANTAR E TRANSFORMAR QUALQUER TIPO DE SENTIMENTO QUE PODEMOS TER..


Lucas Martins

Você não lê meus poemas

Eu não sei fazer poema
de uma ideia pequena
que me faça rir ou chorar...

Eu não sei fazer poema pensando
A letra não risca, a tinta não sai..
Eu não sei fazer poema feliz
Sentar na mesa e dizer: - “agora sai”

Eu não sei fazer poema pra dizer eu te amo
Prova disso é que você não me lê

Ou lê e não me ama?

(Rosseane Ribeiro)

QUERO VOAR













                        Poema Noelia Alves

Noite por noite
Dias após dias
Hora a hora
Fico aqui pensando,
Quando será o momento?
Da crisálida Soltar,
E eu ansiosa voar
O mais alto
Para junto de Ti ficar.

Quero voar
Quero voar
E livre cantar
Bailar, orar
Até ao céus chegar

E quando lá aparecer
Dizer:
Como é lindo te ver,
Meu Senhor
Dono do meu Ser,
Meu grande amor.

Haikai de Zion


Vitória, Lion
missão de consagração
nasce dia em Zion

André Café

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Alice



Áureo João de Sousa. Teresina-PI, 25 de Julho de 2012.


Magra
Magreza
Magrela
É Ela
Na passarela
Da vida
Todo dia.

Maga
Magia
Alice
Mulher
Maravilha
De noite
De dia
Todo dia.

Dança
Ginga
Mandinga
Serpenteia
Na teia
Na areia
No caldeirão
No colo.

Canta
Encanta
O ventre
Com vinho
O corpo
Voa
No vento
E no firmamento.
...



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Qualquer semelhança com fatos e pessoas reais, do mundo das magias ou das sociedades poéticas; com casos ocorridos ou por vir, isto é poesia, rebeldia e artes.
Gira !!!!.