quinta-feira, 4 de maio de 2017

Nossa própria força destruidora

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Risco ...
perambulando pelas vias;
veias rasgadas, vidas veladas
de forma sutil, ser natural,
com perversidade opressora

O olho, o soco, a mira arma o mesmo rosto
Tá na pele da farda, tem o sangue nas mãos.
Extermínio é parcela que fecha conta
para o resultado calado do mundo bom cidadão

Não somos crias para o mundo das clarezas
somos então números, aparências, porcentagem,
ao som de palmas marcadas de limpeza,
sobre mesas que decidem nossos rumos

Não há caminho por essas estruturas,
não há sentido de se aquecer em miragem
é nossa própria força destruidora
que nos levará para além dos muros.

André Café




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